Arteterapia: O Ser Tem Estados Inumeráveis

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*Por Renata Ramalho

Nise da Silveira buscou na mitologia o significado dos desenhos de seus pacientes.


Nise da Silveira buscava um embasamento teórico para suas pesquisas. Ela encontrou respostas na obra do poeta francês Antonin Artaud (1896-1948), que estivera internado por vários anos. Uma frase dele sobre um pintor surrealista lhe deu a chave para o que realmente era a esquizofrenia. ‘O ser tem estados inumeráveis e cada vez mais perigosos.’ Nise adotou a expressão ‘os inumeráveis estados do ser’, que virou inclusive título de um de seus livros. Continue lendo »

Expressão Artística e Mundo Subjetivo

orbitalb1000‘Orbitals’ (Variation B) – Arte Computacional por J.Tarbell

Por Erika Antunes e Joel Giglio.

A relação entre elaboração artística e expressão do mundo subjetivo passou a ser estabelecida como um importante foco de interesse de estudiosos representantes do meio científico e de integrantes do meio artístico a partir do final do século XIX,tendo maior repercussão a partir do início do século XX. Nesse período,portanto, alguns estudos considerados pioneiros demarcam o início das pesquisas na área. Continue lendo »

Da psicologia Na Arte

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“Veil” de Paul Cocksedge

Preocupada em decifrar e compreender os impulsos, reacções e comportamentos da psique, a psicologia enquanto ciência humana abrange muito mais do que se possa comummente pensar. Se por definição o seu objecto parece uno, os fenómenos e o próprio método de estudo diversificam-se grandemente, fazendo desta esfera um campo verdadeiramente multidisciplinar: aproximando-se tanto da antropologia como da medicina, engloba ainda outros sistemas como a psicanálise, neuropsicologia ou a psicopatologia (demasiadas vezes tomada como o todo da psicologia). Em suma trata-se de esboçar processos mentais. Continue lendo »

A Relação da Criação Artística Com a Psicologia Profunda_III

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*Por Elisabeth Bauch Zimmermann

A imaginação, desde sempre foi um espaço de liberdade que, em princípio, não pode ser tirado de ninguém. Lembra eventos passados e nos permite viver o futuro no espaço vivencial do presente. Por outro lado, o espaço vivencial torna-se, na imaginação, uma realidade simbólica, um espaço intermediário entre o mundo interno e o externo. Para ser útil ao ser humano, deverá estar sempre, tanto conectada ao mundo concreto como ao mundo psíquico. Da união fértil entre esses dois domínios pode nascer uma realidade que os transcende, criando e ampliando as novas possibilidades de vida. Continue lendo »

A Psicologia da Arte

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À primeira vista, este título é intrigante mas, todavia, sabemos que ele relaciona duas componentes conhecidas: a arte e a psicologia. Mas a Arte e a Psicologia parecem irreconciliáveis e, mais do que isso, são dois conceitos demasiado carregados para emparceirar num título de fusão.

O que é, afinal, a Psicologia das Artes? Quais são as suas possibilidades de existência como ciência social? Quais são as suas garantias de método? Qual é a relação que um psicólogo mantém com as obras de arte? O que levou a que sej untassem estes dois assuntos numa contracção tão incomum? Continue lendo »

O Despertar da Deusa (Parte III)

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*POR CÁBOR PAÁL

Isso torna difícil responder à questão sobre o significado do belo. Mesmo assim pensemos em um objeto estético de qualquer espécie apenas como um modelo formado por elementos individuais relacionados entre si de determina­da maneira. A questão é esta: como deve estar arranjado esse modelo, como devemos percebê-lo para julgá-lo belo? Com auxílio desse procedimento, os fenômenos de experiência estética descritos pela psicologia experimental podem ser classificados em quatro categorias: Continue lendo »