Excertos do Artigo “Reflexões acerca das novas formas de parentalidade e suas possíveis vicissitudes culturais e subjetivas” de *Maria Cristina Lopes de Almeida Amazonas e **Maria da Graça Reis Braga
(…). O projeto moderno foi seriamente abalado pelo advento das grandes guerras mundiais, o que teve como conseqüência, entre outras coisas, a afirmação do trabalho feminino, a princípio, como necessidade, e, depois, como valor, através dos incipientes movimentos feministas do final do século XIX e início do XX. No entanto, ao decair o excesso de poder patriarcal, o que se observa é que, no modelo de família nuclear moderno, vai caber ao pai mediar as relações entre o público e o privado, livrando a criança do aprisionamento à mãe. Hoje, em consonância com as transformações sociais, culturais e econômicas, sobretudo no que diz respeito à entrada da mulher no mundo laboral, o que vemos são pais que dividem com elas os cuidados e afetos com os filhos, exercendo uma função que, até então, era denominada ‘maternalizante’. Continue lendo »