Alimentos e Evolução Humana

alimentos_evoluao-humana

*Por William R. Leonard


(…) Humanos, estranhos primatas. Andamos sobre duas pernas, possuímos cérebros enormes e colonizamos cada canto da Terra. Antropólogos e biólogos procuraram sempre entender como a nossa raça diferenciou-se tão profundamente do modelo primata(…). Um conjunto de evidências indica que essas idiossincrasias mistas de humanidade têm, na realidade, uma linha em comum: elas são, basicamente, o resultado da seleção natural, atuando para maximizar a qualidade dietética e a eficiência na obtenção de alimentos. Mudanças na oferta de alimentos parecem ter influenciado fortemente nossos ancestrais hominídeos. Assim, em um sentido evolutivo, somos o que comemos. (…) Para se compreender o papel da alimentação na evolução humana, devemos nos lembrar de que a procura pelo alimento, seu consumo e, finalmente, como ele é usado para processos biológicos são, todos, aspectos críticos da ecologia de um organismo.(…) Continue lendo »

Cultura e alimentação ou o que têm a ver os macaquinhos de Koshima com Brillat-Savarin?

cultura-e-alimentao

Por Maria Eunice Maciel

Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasil

O tema da alimentação é capaz de gerar indagações que levam a refletir sobre questões fundamentais da antropologia tais como a relação da cultura com a natureza, o simbólico e o biológico. O alimentar-se é um ato vital, sem o qual não há vida possível, mas, ao se alimentar, o homem cria práticas e atribui significados àquilo que está incorporando a si mesmo, o que vai além da utilização dos alimentos pelo organismo. É assim que a procura pelo sentido deste “comer” tem atraído os antropólogos de uma maneira muito particular. Continue lendo »

E a comida? Chegou de moto!

a-comida_chegou-de-moto

Por Adriana Lima

Segundo a Associação Brasileira de Motociclistas, 500 mil trabalhadores ganham a vida fazendo um importante movimento que, num passado recente, poderia ser definido como “da cozinha para copa”. Ou seja, milhares de motociclistas profissionais levam a comida saída do forno para quem deseja consumi-la. E não podem demorar fazendo isso. Os clientes – e o patrão – têm pressa. Continue lendo »

O Paradoxo Das Francesas

paradoxo-das-francesas

Invejadas pela magreza e elegância, elas seguem comendo gorduras, doces e tudo o que é bom.


Por Flavia Varella, de Paris

Nas ruas de Paris, as mulheres chamam atenção pelo corpo esbelto e elegante. Nos restaurantes, impressionam pelo que comem: entrada, prato principal, molhos suculentos, queijo, um copo de vinho e doce de sobremesa. O pão, naturalmente, acompanha tudo. É a versão feminina do “paradoxo francês”, o fenômeno que intriga pesquisadores da área médica, em especial americanos e ingleses, dedicados a entender por que os franceses, mesmo comendo alimentos ricos em gordura, apresentam baixos índices de mortalidade por doenças coronarianas. Na estética, multiplicam-se os livros que ensinam como transpor para outras nacionalidades a persistente esbelteza das francesas. Anne Barone, uma americana que morou alguns anos na França, já escreveu três, de uma série que intitulou Chic & Slim (Chique e Magra), e mantém um muito visitado site na internet – tudo para mostrar como, após ter sido gorda por 25 anos, conseguiu perder peso e ficar magra imitando o modo de vida das amigas. Continue lendo »

Comida revela nossos valores culturais

comida_valores-culturais

“Somos aquilo que comemos”. Essa frase, espécie de sentença moral recorrente na fala de médicos e nutricionistas, é reveladora da vinculação cada vez maior entre alimentação e saúde presente na nossa sociedade. A preocupação com o corpo, o esforço para se evitar doenças através daquilo que seria uma “alimentação balanceada” ou mesmo o prazer à mesa sendo posto em segundo plano em nome de uma suposta “qualidade de vida”. Tudo isso descreve a forma como atualmente se configura a nossa relação com a comida: o aspecto nutricional tem preponderado na nossa alimentação. Continue lendo »

Psicologia da Dieta

psicologia-da-dieta2

Um novo estudo relacionado com dietas, feito pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos conclui que para perder peso é preciso comer menos e fazer mais exercícios físicos. Não há dietas “milagrosas”, as dietas vão e vem como a “moda” , só na Internet há mais de 1200 dietas publicadas.

É importante a prevenção, ter cuidado para não aumentar o peso e com a manutenção, pois se é fácil perder é difícil manter e frequentemente o peso é recuperado.

A fome nasce no cérebro e o desconforto existencial criam os quilos a mais.

Comemos muito porque: Continue lendo »

Movimento Slow Food

slow-food1

Imagem: Movimento Slow Food

Comer é fundamental para viver. A forma como nos alimentamos tem profunda influência no que nos rodeia – na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. Para um verdadeiro gastrônomo é impossível ignorar as fortes relações entre prato e planeta. Além disso, melhorar a qualidade da nossa alimentação e arranjar tempo para a saborear, é uma forma simples de tornar o nosso cotidiano mais prazeroso. Esta é a filosofia do Slow Food.

Fundado por Carlo Petrini em 1986, o Slow Food se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989. Atualmente conta com mais de 80.000 membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, e apoiadores em 122 países. Continue lendo »